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Prólogo de Borges: uma poética da leitura
Perspectiva, São Paulo, 1980
157 p.

 

Prólogo

"A obra de Borges é, por definição, inesgotável; isto é: ilegível. Neste livro pretende-se assediá-la em quatro perspectivas diferentes, porém coincidentes: a) o exame da crítica francesa mais recente (a que se chama, geralmente, de nouvelle critique), que renovou a discussão de sua obra e a situou em nível internacional; b) o exame paralelo da obra crítica de Borges e de Paz, através de um diálogo imaginário de textos que se apóia na noção de intertextualidade; c) a definição de uma poética da leitura que se apóia nos textos de ficção e de crítica produzidos por Borges, mas que também examina o texto escrito da sua biografia; d) a exposição das teorias sobre a ficção que inauguram o novo romance hispano-americano, às quais Borges agrega algumas intuições devastadoras.

Todos esses aspectos de Borges (o texto que assim identificamos) são analisados criticamente aqui pela primeira vez. Em trabalhos anteriores, que remontam às vezes a 1943 e 1949, eu já tinha examinado brevemente a poética lírica de Borges, ou sua poética narrativa. Em outros estudos (de 1955 e 1970) tentei algumas sínteses mais vastas. Talvez o trabalho mais conhecido seja o publicado em Paris com o título Borges para lui-même. Nesses estudos e livros, e num outro sobre a reação dos jovens argentinos à literatura borgiana (El juicio de los parricidas, 1956), encontrará o leitor curioso outras matérias que escrevi sobre tais temas. Mas a análise que se oferece neste livro pretende manter-se dentro de uma visão rigorosa dessa poética que Borges nunca formulou, mas que está, implícita, em toda a sua obra.

Os quatro ensaios que compõem este livro foram redigidos para o leitor especializado em literatura, mas não seguem a teoria literária mais recente. Evitam, portanto, confinar-se numa linguagem puramente técnica, ainda que não omitam certos conceitos fundamentais. Foram escritos para publicação em revistas dos Estados Unidos cujos leitores já conheciam o formalismo russo, através de Victor Erlich, e o new criticism, quando Todorov era ainda imberbe. Numa versão reduzida foi apresentado na sessão inaugural do Congresso de Literatura Ibero-Americana, realizado em East Lansing, Michigan, 1973, e que foi dedicado à discussão do tema "Realismo mágico e literatura fantástica". Os demais trabalhos foram antecipados respectivamente em Diacritics (verão, 1972, Cornell University); Books Abroad (outono 1972, University of Oklahoma), e Tri-Quarterly (outono 1972, North Western University). Quero agradecer aos editores dessas revistas (David I. Grossvogel, Ivask, Mary Kinzie, respectivamente), bem como aos tradutores ao inglês de meus textos (Roberto González Echevarría, Tom Lewis e Suzanne Jill Levine) o estímulo e a amizade."

 

 

Responsables

L. Block de Behar
lbehar@multi.com.uy

A. Rodríguez Peixoto
arturi@adinet.com.uy


S. Sánchez Castro
ssanchez@oce.edu.uy

 


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